17.2.06

A Europa encontra-se na sua própria espiral de eterna procura da fórmula da juventude. Uma situação económica menos favorável, uma crise de identidade com o conceito de "união" a ser subrepticiamente substituído pelas palavras "mercado único", e o constante esbarrar na obsessão com a recuperação do património - onde a arquitectura europeia centra a maior parte da actuação - condiciona de alguma, grande, maneira as novas tendências e materialidades. O mesmo se aplica no campo do urbanismo.

Por isso a China. Um campo aberto, paisagem disponível e dinheiro, tornam a República Popular da China a oportunidade ideal para o experimentalismo, para as novas espacialidades, para o planeamento, para a eco-sustentabilidade. Basta espreitar a obra de Qingyun Ma ou do Atelier FCJZ para percebermos a nova China criadora de soluções em circunstâncias desconhecidas da maioria dos europeus.

2 comentários:

wolverine disse...

está na moda elogiar a China.
São os economistas que não conseguem parar de babar com os crescimentos anuais do PIB, são os cronistas que a apontam como exemplo de dinâmica e capacidade de modernização e agora eis senão quando chegam os engenheiros de urbanismo. Não duvido das potencialidades para o "experimentalismo" da nova China e do génio de alguns criadores/urbanistas chineses, mas não me consigo abstrair do resto. E neste resto não incluo apenas temas como os direitos humanos e a censura que ficam naturalmente à margem deste blog temático.
Falando de urbanismo digo-te só, ò 1/2 croft, que as novas espacialidades param onde tiveres uma estátua do Mao que 30 anos depois de morto continua intocável, e que a "Europa" mesmo com as dificuldades óbvias inerentes ao romantismo e pouco pragmático conceito de "união" e à chatice de ter que agradar às opiniões públicas (o que na China é dispensável) continua a produzir exemplos de novas tendências. Entre novos e velhos: o centro Pompidou, a casa da música, o gugenheim, o parlamento(?) rm berlim, etc...

Anónimo disse...

De qualquer modo o senhor croft ha de reparar onde estudaram os arquitectos de que fala... e nao sera por acaso que londres, N.Y., Berlim, Paris e outros que tais, tem as faculdades pejadas de chineses. Verifique tambem a disparidade entre a arquitectura que a china importa e a arquitectura que la se ensina (procure arquitectos que tenham estudado so na china) para ver o que sao caixotes de 2km em spider-glass.