No hardblog questiona-se a questão dos dinheiros mal aplicados na arquitectura de Siza Vieira. Questão pertinente mas de fácil resposta. Num país onde os orçamentos excedidos e prazos derrapados fazem a rotina da construção, são sempre bem recebidas obras como Serralves, Casa da Música e Estádio do Braga.
A beleza, como diz Pancho Guedes, perdoa muita coisa.
A beleza, como diz Pancho Guedes, perdoa muita coisa.
4 comentários:
vão dizer isso a quem não tem um cêtimo para pagar a conta da água.
este "amor pela arte" às vezes passa-me da cabeça
é também interessante como raramente se ouve falar de orçamentos excedidos em programas de integração social ou projectos comunitários... urge derrapar com mais justiça!
Raramente se ouve falar de orçamentos excedidos em programas comunitários ? Ó meiocroft, acorde para a realidade, ou então leia mais vezes o jornal!
APENAS A TENTATIVA DE CONSTRUIR UM MARCO TURISTICO JUSTIFICA O SEGUINTE: ATRASO DE 4 ANOS [conclusão prevista para 2001, só o foi 2005..] E ORÇAMENTO DE 58|60 MILHÕES QUE ACABOU EM 180|190 MILHÕES DE EUROS [o triplo..] PARA CONSTRUIR UM EDIFÍCIO QUE SÓ TEM DOIS AUDITÓRIOS [os 2 juntos têm lotação de apenas 1600 pessoas..] E 1 ou 2 ESTÚDIOS DE GRAVAÇÃO DE SOM.. E VERDADEIRA CASA DA MÚSICA NÃO É ..FALTA A OPERA [NÃO TEM FOSSO DE ORQUESTRA..]..
Arquitectura é Arte.. Mas todas as formas de Arte são condicionadas e Arquitectura é a que tem de responder a mais limitações: funcionalidade que responda ao esperado [afinal os edifícios são habitados] e construção num prazo e com orçamento razoável..
Concordo que possa haver uma certa derrapagem [5, 10 ou 15 por cento..], mas gastar o triplo do previsto [isto não acontece nas obras do siza..]..
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